Relatos de vizinhos do bairro, onde vivia o casal, dizem que o homem abusava de uma das suas filhas, de 18 anos.
Alberto era dono de um armazém e de um lava-jato. Além de Milagros, o casal tem outros três filhos, um de 13 anos, um de 9 e o mais novo de 6 anos de idade e viviam juntos há mais de 20 anos, de acordo com os investigadores. Ele foi morto com o número recorde de facadas. A mulher chegou em casa e encontrou-o abusando de uma das filhas, pegou uma faca de cozinha e não hesitou em cravá-la no peito, costas e cabeça do marido.
Os resultados da autópsia revelaram que a faca da cozinha entrou 185 vezes no corpo do homem, com uma histórico de assédio sexual e violência doméstica, sendo que quatro das quase 200 facadas foram mais profundas e uma delas teria sido fatal.
A mulher, de 38 anos, depois de ter assassinado o marido esperou pelos serviços de emergência e confessou o que tinha feito, reforçando o porquê de ter cometido o ato de fúria.
A irmã de Paola afirmou à imprensa local que Alberto obrigada a sua irmã a se prostituir, não a deixava dormir e a ameaçava de morte.
Segundo informações dos vizinhos, a mulher já havia apresentado queixas de violência doméstica contra o marido, mas que teriam sido ignoradas pelas autoridades das Malvinas Argentinas.
Além do cadastro criminal, o histórico de Alberto na vizinhança também não era o melhor, ele era conhecido por assediar as mulheres e ser um “vigarista”.
Vizinhos disseram à justiça que Alberto agredia Paola com frequência e a obrigava a oferecer serviços sexuais na Rota 8, que liga a capital Buenos Aires a cidades do pampa úmido.
María recebeu pelo celular uma mensagem de Milagros no sábado em que estava escrito “venha porque mamãe matou o papai”.
As 185 facadas deste crime ultrapassam o número de golpes de arma branca de um dos crimes mais mediáticos da Argentina, quando duas irmãs mataram um padre, em ritual satânico, com 120 facadas em 2000.
Fonte | Correio da Manhã
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