Não há dúvida: Pedro Taques (ex-PDT e ainda PSDB) tem o controle absoluto da Assembleia Legislativa. Nesta quarta-feira,22, foi aprovada em segundo turno, por 18 votos a 4, a Proposta de Emenda Constitucional do Teto dos Gastos (PEC do Teto dos Gastos). O resultado é parecido com o da primeira votação em 24 de outubro, quando passou folgada por 16 a 4 votos.
Essa PEC tramitava desde agosto e somente não foi sacramentada antes pelos deputados da base de Taques, por incidentes de percurso. Com ela, não haverá aumento salarial para os servidores do governo durante cinco anos. Ela também exorciza no período, concursos públicos para quase todas as áreas. Mais: permite que Taques lance mão de até 30% do Fundo Estadual de Habitação e Transporte (Fethab) para pagamento de financiamentos.
O Fórum Sindical encolheu. Quando do começo da tramitação da PEC sindicalistas fizeram barulho. Aos poucos os líderes sindicais ficaram jururus e entre um e outro já começa a aparecer demonstração de afago da Taques. Na votação da PEC do Teto dos Gastos o servidor teve contra ele a obstinação de Taques, a subserviência da Assembleia e a apatia do Fórum Sindical.
LENTIDÃO
Alguns incidentes de percurso atrasaram as duas votações da PEC, que precisaria ser sacramentada até 30 deste mês, como exigia o governo Michel Temer.
No período o vice-presidente da Assembleia Gilmar Fabris (PSD) foi preso pela Polícia Federal acusado de obstrução de justiça numa operação contra o colarinho branco.
Além da prisão de Fabris, durante a tramitação Taques viajou para a China e a Alemanha à frente de um trenzinho da alegria, e seu vice, Carlos Fávaro (PSD) também deixou o país, o que levou o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB) a assumir o governo.
Com a saída de Botelho da Assembleia surgiu um impasse: Fabris não o substituiu alegando que faria exames de saúde; o segundo vice, Max Russi (PSB) ocupava a Casa Civil; o primeiro-secretário Guilherme Maluf (PSDB) debaixo de um cerco pesado de denúncias, tirou o corpo fora; e a Presidência ficou para o segundo-secretário Nininho (PSD), contra o qual pesa denúncia do ex-governador Silval Barbosa de que Nininho lhe teria dado propina de R$ 7,5 milhões para ganhar a concessão da MT-130 entre Rondonópolis e Primavera do Leste.
Fonte | Boa Mídia
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