Estudante denuncia ameaças e agressões verbais em grupo ligado à mobilização por campus da UNEMAT

Estudante denuncia ameaças e agressões verbais em grupo ligado à mobilização por campus da UNEMAT

Na última segunda-feira (22), uma estudante da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), em Rondonópolis, denunciou ter sido ameaçada e impedida de assistir aula após conflitos com integrantes do grupo Campus Já, vinculado à mobilização estudantil pela consolidação de um campus definitivo na cidade.

Segundo relato da estudante, que também é mãe de uma bebê de 4 meses, ela foi abordada por outra aluna da universidade, que a ameaçou verbalmente, proferiu ofensas de baixo calão e chegou a afirmar que faria com que ela perdesse o emprego. A vítima precisou permanecer do lado de fora da sala, sob acompanhamento de um guarda, até o término da aula, por temer pela sua segurança e a da filha.

A estudante afirma que já havia sido alvo de exposição indevida anteriormente, quando um áudio pessoal seu foi divulgado por uma integrante do mesmo grupo. Diante dos episódios, ela decidiu se afastar das atividades do movimento Unematianos, criado em 2023 com o objetivo de cobrar melhorias estruturais e lutar pela implantação de um campus universitário na cidade.

Além do caso atual, a estudante relatou que a mesma aluna responsável pelas ameaças já havia intimidado outra colega no ano passado — também mãe — enquanto esta estava com seu bebê de colo. “Essa postura agressiva recorrente demonstra um padrão preocupante de comportamento, que coloca em risco a integridade física e emocional de mães dentro do ambiente acadêmico”, destacou.

O grupo Campus Já, que inicialmente mobilizou a comunidade acadêmica para uma causa legítima e essencial para a cidade, tem sido alvo de críticas internas devido a distorções em sua condução. Informações obtidas por esta reportagem indicam que algumas figuras políticas, incluindo deputados estaduais, estão diretamente envolvidas nas atividades do grupo. Isso levanta questionamentos sobre a utilização do movimento para interesses partidários e políticos, o que pode desvirtuar os objetivos originais da mobilização.

“É doloroso ver que um movimento criado com tanto empenho e por uma causa nobre tenha perdido seu foco, sendo hoje usado como massa de manobra por interesses políticos”, declarou a estudante, que preferiu não ter o nome divulgado por segurança.

Ela também informou que já tomou as medidas judiciais cabíveis e que, por ora, não se sente segura para continuar frequentando as aulas. “Temo pela minha vida e pela segurança da minha filha”, disse.

O site Giro MT Notícias fica aberto para pronunciamento da Direção da UNEMAT ou esclarecimentos.

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