Empresa foi certificada por desviar de aterro mais de 99,8% de todos resíduos gerados em Mato Grosso e mitigar impactos ambientais
A Rumo, maior concessionária de ferrovias do país, conquistou a certificação Aterro Zero em outubro deste ano por ter conseguido evitar em 2023, que 99,8% de todos os resíduos gerados fossem destinados a aterros sanitários. A concessionária do grupo Cosan foi a primeira companhia do setor a conquistar a certificação no Brasil. A certificação foi feita pela Zero Resíduos, empresa especializada em soluções ambientais.
A premiação recebida pela Rumo foi na categoria “Selo Platina”, quando até 99,99% de resíduos de uma empresa são desviados de aterros. O processo de certificação ocorreu após uma análise documental e auditoria in loco nos Terminais Rodoferroviários de Alto Araguaia, Alto Taquari e Rondonópolis, localizados em Mato Grosso.
Para conquistar o alto índice e contribuir para reduzir a poluição do solo e da água no estado, a equipe de gestão ambiental da Rumo aplicou uma metodologia que se baseia em rastrear a geração dos resíduos, analisar a quantidade produzida por período avaliado em cada processo e a tecnologia adotada para a destinação final.
Os resultados demonstram que cerca de 99,80% dos resíduos gerados no Terminal de Rondonópolis, 99,96% no Terminal de Alto Taquari e 99,80% do Terminal de Alto Araguaia são efetivamente desviados de aterro e destinados à reciclagem, coprocessamento e tratamento de resíduos líquidos, visando mitigar impactos ambientais.
“Estamos muito felizes em ganhar esse reconhecimento. Trabalhamos diariamente para construir um mundo melhor por meio de iniciativas que visam preservar a biodiversidade, eliminando descartes de resíduos em aterros sanitários e gerando emprego e renda com os profissionais que atuam na cadeia de reciclagem”, afirma Patrícia Ruth Ribeiro, gerente de Meio Ambiente da Rumo.
Segundo a gestora, ao realizar esse processo, a concessionária evitou a destinação de quase 10 mil toneladas de resíduos para aterros em 2023. Com isso, a Rumo deixou de emitir mais de 26 toneladas de CO² na atmosfera e contribuir com os pequenos comerciantes.
Patrícia explica que, com a destinação dos resíduos para reciclagem e coprocessamento – tecnologia que permite usar resíduos industriais e urbanos como combustíveis alternativos na produção do cimento –, é possível otimizar recursos e mitigar o impacto ambiental em longo prazo.
“Se tivéssemos enviado toda a geração de resíduos para aterro, o gasto ultrapassaria os R$ 2 milhões. No entanto, com o envio para reciclagem, obtivemos uma receita de aproximadamente R$ 800 mil, enquanto a destinação para coprocessamento teve um custo de cerca de R$ 1,3 milhão. Ou seja, ao final do processo, tivemos um custo líquido de aproximadamente R$ 500 mil, levando em conta as receitas e despesas. Esse valor é quatro vezes menor do que o custo que teríamos ao destinar todos os resíduos para aterro”, disse.
Parcerias
Patrícia destaca que os empreendedores do setor de reciclagem foram fundamentais para a equipe ambiental enfrentar os desafios durante o período da avaliação.
“Ao encontrarmos destinadores qualificados, firmamos parcerias que fortaleceram a nossa estratégia de gestão de resíduos. Eles contribuíram para a construção de um sistema mais eficiente, permitindo que alcançássemos a certificação do Aterro Zero, e sermos a primeira companhia ferroviária a conquistar essa premiação”, completa.
Impacto socioambiental
Utilizar aterros sanitários para depositar lixos recicláveis, apesar de ser legalmente aceitável e adotado por diversas empresas, é o método de destinação que mais impacta o meio ambiente. Isso acontece principalmente porque a decomposição de resíduos orgânicos gera gás metano, um dos gases de efeito estufa, 28 vezes mais potente que o dióxido de carbono, o CO².
O acúmulo de metano na atmosfera intensifica o aquecimento global e agrava as mudanças climáticas. Já os aterros sanitários, localizados próximos às áreas urbanas, podem prejudicar o bem-estar da população, devido à liberação de odores à proliferação de pragas, como roedores e insetos.
A decomposição dos materiais em aterros, como os metais pesados, por exemplo, pode levar até 500 anos; plásticos levam entre 450 e 1.000 anos; e vidro até 4.000 anos. Materiais orgânicos, como restos de alimentos, levam de 1 a 6 meses, e tecidos entre 1 e 5 meses para se decompor.
Sobre a Rumo
A Rumo é a maior operadora privada de ferrovias de carga do país e oferece soluções logísticas competitivas, seguras e de baixo carbono para apoiar o crescimento da economia brasileira. Cruzamos o Brasil de Norte a Sul, administrando cerca de 13,5 mil quilômetros de ferrovias nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.
A base de ativos é formada por mais de 1,4 mil locomotivas e mais de 35 mil vagões. São quase 8 mil colaboradores em todo o Brasil, 10 terminais de transbordo e armazenamento ao longo da malha e 5 terminais portuários nos principais portos brasileiros. Em 2023, nos tornamos a única empresa brasileira do setor de logística a compor o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), além de compor pelo terceiro ano consecutivo a carteira do ISE B3, a principal referência no país em reconhecer companhias com as melhores práticas de sustentabilidade.
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