O que é cibersegurança na medicina?
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O que é cibersegurança na medicina?

A área da saúde lida com operações complexas e dados sensíveis, exigindo atenção à infraestrutura, protocolos e treinamentos focados em segurança digital

Com o aumento da digitalização dos processos na saúde, a promoção da cibersegurança na medicina tornou- se um tema urgente para instituições, gestores e até mesmo pacientes.

A cibersegurança consiste em diferentes práticas para impedir o acesso não autorizado a dados digitais por meio da proteção dos sistemas, redes e programas usados pelas instituições.

Na área da saúde, devido lidar com dados sensíveis dos pacientes, a proteção digital é ainda mais importante para garantir uma assistência médica adequada e respaldar os princípios de sigilo da área.

A importância da cibersegurança na medicina

As violações de segurança digital resultam no acesso, alteração, divulgação ou destruição de informações sensíveis, extorsões financeiras e interrupção do funcionamento de serviços.

Na área da saúde essas atividades são particularmente críticas, pois podem resultar em um tratamento médico inadequado, divulgação de condições de saúde do paciente e até mesmo perda de histórico de saúde.

Mesmo a interrupção dos sistemas usados na instituição pode ter implicações gravíssimas, como elevar o tempo de espera e condições indevidas.

E a área de saúde, dado sua centralidade, é alvo constante de ataques. Estima-se que 78% das instituições de saúde enfrentam ao menos um incidente de cibersegurança em 2022.

Ao mesmo tempo, a área de saúde tem regras mais rígidas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) pela natureza de suas atividades.

Portanto, a cibersegurança na medicina é de suma importância para uma operação eficaz e segura e também para garantir o devido sigilo médico às informações dos pacientes.

Principais desafios da cibersegurança no setor de saúde

Como visto, a área de saúde apresenta especificidades que tornam a promoção da cibersegurança mais desafiadora nesse contexto. Entenda alguns dos elementos críticos a seguir.

Vulnerabilidades dos sistemas de saúde

Na área da saúde o controle de acesso às informações é essencial para que a equipe médica possa prestar o correto atendimento ao paciente e, ao mesmo tempo, evitar acessos não autorizados.

Essas questões relacionadas ao acesso é um dos fatores que aumenta a vulnerabilidade dos sistemas de saúde devido às credenciais de acesso.

Ameaças de ataques cibernéticos

A área de saúde também é um alvo frequente de ataques cibernéticos realizados por hackers visando, especialmente, o sequestro dos dados para receber resgate em troca das informações.

Chamada de ransomware, os criminosos utilizam criptografia nos dados e exigem pagamento para liberar o acesso.

Como os dados de saúde são protegidos por leis mais rigorosas e o histórico é extremamente importante, as instituições pagam o resgate para reaver seus dados. 

Proteção de dados sensíveis dos pacientes

Na saúde, todos os dados dos pacientes são classificados como sensíveis, o que exige camadas adicionais de segurança contra vazamentos e outros crimes cibernéticos.

Destaca-se também que a LGPD é mais rigorosa para coleta, processamento e armazenamento de dados sensíveis, o que torna as operações que envolvem dados pessoais na saúde mais detalhadas e complexas.

Melhores práticas para garantir a cibersegurança na medicina

Mesmo que a medicina tenha pontos desafiadores na estruturação da cibersegurança dos seus processos digitais, há avanços tecnológicos significativos para elevar a proteção de dados, sistemas e redes.

Implementação de protocolos de segurança

Os protocolos de segurança consistem na primeira camada de regras e práticas para proteção de dados na saúde e impedir o acesso indevido a ciberataques.

Entre os protocolos de segurança que podem ser implementados na área de saúde estão:

  • criptografar dados médicos;
  • usar senhas fortes;
  • usar a autenticação de dois fatores;
  • controlar usuários que têm acesso a cada conjunto de dados;
  • realizar backup regular dos dados;
  • manter os softwares atualizados com as correções de segurança.

Essas práticas minimizam as chances de vazamento de dados, vulnerabilidade dos sistemas e sucesso de tentativas de ciberataques.

Treinamento contínuo para profissionais de saúde

Entre as principais vulnerabilidades dos sistemas digitais está o mau uso por parte da equipe, o que eleva as brechas para ataques e vazamento de dados.

Assim, é indispensável que ao digitalizar suas operações, as instituições invistam em treinamento contínuo para profissionais de saúde a fim de conscientizar sobre a importância das medidas de cibersegurança na medicina e também qualificá-los para uso correto dos sistemas.

Os treinamentos devem contemplar profissionais de todas as hierarquias que lidam com dados digitais, desde recepcionistas até médicos.

Utilização de tecnologias avançadas de proteção

Atualmente, as tecnologias para proteção de dados e sistemas estão mais avançadas. Elas incluem:

  • computação em nuvem com provedores que usam camadas extras para proteção de dados;
  • firewalls para monitoramento e controle em tempo real do tráfego de rede;
  • criptografia avançada para proteção de dados armazenados ou em trânsito;
  • blockchain para integridade e a segurança dos registros médicos em um sistema descentralizado e a prova de adulterações;
  • inteligência artificial para detecção de atividades anômalas na rede, interrompendo práticas suspeitas.

A tecnologia tem facilitado diversas atividades cotidianas da área da saúde, como o reconhecimento de voz médico e sistemas de inteligência artificial na radiologia, entretanto esse contexto exige maior atenção às práticas de cibersegurança na medicina.

Via | Assessoria Foto | Divulgação

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