Diarreia em crianças: quando é hora de se preocupar?

Diarreia em crianças: quando é hora de se preocupar?

Compreender os sinais que indicam a necessidade de atenção médica pode ser essencial para proteger a saúde das crianças e evitar complicações

A diarreia é uma condição comum entre crianças, mas que, em alguns casos, pode se tornar algo mais sério. Com sintomas variados e causas que vão de infecções virais a intolerâncias alimentares, a diarreia merece atenção dos pais e responsáveis, especialmente quando acompanhada de outros sinais de alerta.

Identificar o momento adequado para buscar ajuda médica ajuda a evitar complicações e proteger a saúde dos pequenos.

O que causa a diarreia em crianças?

A diarreia infantil pode ocorrer por uma série de motivos, e entender as causas é um primeiro passo para prevenir e tratar o problema. Em muitos casos, ela é temporária e não requer intervenção médica. 

Várias coisas podem estar provocando a condição nos pequenos. Saber algumas formas de identificá-las pode facilitar no momento de decisão para ir ao médico, que poderá determinar a gravidade do quadro e prescrever os cuidados necessários.

Vírus e bactérias comuns

Uma das causas mais frequentes da diarreia em crianças é a presença de vírus ou bactérias. O rotavírus, por exemplo, é conhecido por provocar episódios de diarreia aguda em crianças. 

Outros patógenos como a salmonella e a escherichia coli também podem causar infecções gastrointestinais. Esses vírus e bactérias geralmente são transmitidos por meio de alimentos ou água contaminados, além do contato com superfícies infectadas. 

É importante que os pais fiquem atentos aos hábitos de higiene da criança, incentivando o ato de lavar as mãos regularmente, o que pode reduzir o risco de infecções.

Mudanças na alimentação e intolerâncias

Outra causa comum de diarreia infantil são as mudanças alimentares. Quando há a introdução de novos alimentos, especialmente em bebês, o sistema digestivo ainda em desenvolvimento pode reagir mal, causando episódios de diarreia. 

Intolerâncias alimentares, como à lactose ou ao glúten, também podem desencadear quadros persistentes de diarreia.

Nesses casos, a observação é importante. Se os episódios de diarreia ocorrem sempre após o consumo de determinados alimentos, é importante consultar um médico para identificar intolerâncias e alergias. 

Ajustar a dieta da criança pode ser uma solução para controlar o problema e evitar desconfortos.

Sintomas que exigem atenção imediata

Embora a diarreia possa ser um sintoma de momento, alguns sinais indicam a necessidade de atendimento médico urgente. 

Saiba em quais sinais ficar atento para garantir o bem-estar da criança e evitar que o quadro se agrave.

Quando a febre e o cansaço são alarmes

Febre alta e cansaço são indicativos de que a infecção pode estar se espalhando ou se tornando mais grave. Quando a febre ultrapassa os 38°C e persiste por mais de 24 horas, procure um médico. 

O cansaço, especialmente se a criança parecer letárgica ou não responder normalmente aos estímulos, também pode indicar um quadro de infecção mais sério.

A presença de febre sugere que o organismo está tentando combater uma infecção, e o acompanhamento profissional é importante para que se evite complicações.

Sinais de desidratação grave

A desidratação é uma das maiores preocupações em casos de diarreia infantil, pois a perda rápida de líquidos e eletrólitos pode afetar a saúde da criança. 

Sinais de desidratação incluem:

  • Boca seca;
  • Olhos fundos;
  • Ausência de lágrimas ao chorar;
  • Diminuição na frequência de urinar.

Se a criança apresentar qualquer um desses sintomas, busque atendimento médico imediatamente.

A desidratação pode se desenvolver de forma rápida em crianças pequenas. Nesse caso a reposição constante de líquidos será necessária, seja com água, soro de reidratação oral ou bebidas eletrolíticas específicas para crianças. Em casos graves, a hospitalização pode ser necessária para que a criança receba reposição intravenosa de líquidos.

Como prevenir e tratar a diarreia em crianças

A prevenção e o tratamento da diarreia em crianças envolvem práticas simples que podem evitar o desconforto. 

Desde medidas de higiene até cuidados com a alimentação, os responsáveis podem adotar algumas estratégias para reduzir os riscos de diarreia.

Manter a higiene é uma das formas de prevenção. Lavar as mãos da criança e dos responsáveis, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro, ajuda a evitar a transmissão de vírus e bactérias. 

Além disso, garantir que os alimentos estejam frescos, bem higienizados e preparados corretamente também é importante para prevenir infecções gastrointestinais.

O tratamento inicial para a diarreia leve inclui a reposição de líquidos para evitar a desidratação. O uso de soluções de reidratação oral, facilmente encontradas em farmácias, é recomendado para repor os eletrólitos perdidos durante os episódios de diarreia. Essas soluções são desenvolvidas para crianças e ajudam a manter o equilíbrio hídrico.

No entanto, é importante ressaltar que o uso de medicamentos em crianças deve ser feito apenas com orientação médica. O uso inadequado de medicamentos pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico preciso. 

Em alguns casos, a diarreia é uma resposta natural do organismo, e suprimir esse processo sem indicação pode ser prejudicial.

Quando buscar ajuda médica e o papel do pediatra

Saber quando buscar ajuda médica é importante para que a criança receba o cuidado necessário. O pediatra é o profissional capacitado para avaliar o quadro e determinar o tratamento adequado, com remédio para diarreia, reposição de líquidos ou outras medidas necessárias.

Casos de diarreia que duram mais de dois dias, especialmente quando acompanhados de febre e sinais de desidratação, devem ser levados ao conhecimento de um profissional. Se a criança apresentar sangue nas fezes, dores abdominais intensas ou sinais de apatia, é recomendado buscar atendimento de urgência em pronto socorro.

O acompanhamento médico é necessário para que a criança se recupere sem complicações e para identificar possíveis causas subjacentes, como intolerâncias alimentares ou condições gastrointestinais.

Via | Assessoria

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