Brasília – A Câmara dos Deputados no último dia, 12, foi palco de uma audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), para discutir a aplicação da Moratória da Soja e suas implicações para a produção agrícola dos estados que fazem parte da Amazônia Legal. O evento foi convocado pela deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT).
A parlamentar criticou a moratória por ameaçar o direito de propriedade e o progresso econômico do país, impactando diretamente a vida dos produtores e trabalhadores do campo. Ela também direcionou críticas ao Banco do Brasil por negar financiamentos a produtores afetados pela moratória, alegando que o dinheiro público não pode ser embargado por ONGs e outras instituições.
Durante o evento, Coronel Fernanda (PL-SC) anunciou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a atuação de ONGs relacionadas à moratória. “Essas ONGs vão ser obrigadas a vir prestar esclarecimentos. Não concordamos com o posicionamento delas. O Brasil e as leis existentes precisam ser respeitadas porque os produtores rurais do nosso país produzem, preservam e respeitam as leis”, afirmou a deputada.
A audiência também contou com a presença de diversas autoridades e representantes do setor agropecuário. Entre elas, a senadora Rosana Martinelli (PL-MT) destacou que a aplicação da moratória da soja aos produtores rurais ignora a capacidade do governo federal em monitorar todas as propriedades brasileiras e punir os responsáveis por crimes ambientais, como já ocorre atualmente.
Lucas, representante da Aprosoja, manifestou-se também contra a moratória, afirmando que ela fere a soberania nacional ao impor regras que ultrapassam os limites do Código Florestal de 2012.
O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) participou da audiência e endossou as críticas de Coronel Fernanda (PL-MT), alertando sobre os possíveis impactos da moratória em outros setores. “Se não acabarmos com essa moratória, isso não vai ficar só na soja, vai atingir outros setores como os da carne, do algodão e do milho”, disse o senador.
A realização da audiência trouxe à tona as questões que mais afetam os produtores rurais brasileiros e o desenvolvimento da economia do campo, fatores que têm sido ignorados pelos grupos que defendem a aplicação da moratória como solução para os problemas ambientais do país.
Fonte: Site Coronel Fernanda
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