Sem contar tumor de pele não melanoma, câncer da cavidade oral é o 8º mais frequente no Brasil e o 5º mais incidente em homens

A boca é uma região suscetível a vários tipos de doenças, uma vez que é porta de entrada para bactérias, microorganismos, bebidas alcoólicas e outros produtos nocivos à saúde. Aftas, gengivites e herpes são alterações comuns e conhecidas pela população, no entanto, algumas lesões persistentes devem ser investigadas, pois podem sinalizar doenças mais sérias, como o câncer de boca.

Segundo o médico Jefferson Medeiros, especialista em oncologia de cabeça e pescoço, esse tipo de tumor, também conhecido como câncer da cavidade oral, afeta diversas áreas da boca como lábios, bochechas, língua, gengivas e palato (céu da boca) e é um dos mais incidentes no Brasil, principalmente na população masculina. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), sem contar os tumores de pele não melanoma, o câncer da cavidade oral ocupa a 8ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes no País. A entidade estima ainda que para cada ano do triênio de 2023 a 2025, surjam novos 15.100 casos, o que representa um risco de quase 7 por 100 mil habitantes.  

Sinais de alerta e prevenção

Doutor Jefferson esclarece que as causas conhecidas para o câncer de boca são o consumo excessivo de álcool, o tabagismo e o diagnóstico de HPV na boca ou garganta. “É por isso que prevenção da doença consiste basicamente em não utilizar essas drogas, sempre fazer uso de preservativo nas relações sexuais orais e tomar a vacina contra o HPV”, reforça. 

Apesar de a prevalência ser acima de 60 anos de idade, o médico ressalta que o problema pode aparecer em torno dos 50 quando for decorrente do HPV. “Independentemente da idade, qualquer alteração bucal persistente deve ser investigada. Manchas brancas ou vermelhas na boca há mais de três semanas, por exemplo, são sinais característicos da doença e precisam de atenção e avaliação”, alerta.

Assim como a maioria dos tumores, o câncer da cavidade oral tem cura quando diagnosticado em fase inicial. “É importante estar atento aos sinais do corpo, visitar o dentista periodicamente, além de priorizar uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes e verduras para contribuir com a prevenção”, finaliza Jefferson.

Sobre Dr. Jefferson Medeiros

Dr. Jefferson Medeiros é médico especialista em oncologia de cabeça e pescoço e professor de clínica cirúrgica há 10 anos na Universidade Estadual do Amazonas. Com mais de 20 anos de profissão, tornou-se referência em sua especialidade e atualmente é mentor de médicos, palestrante e autor do livro “Comunicação: o remédio que a medicina não prescreve”. Mais informações: instagram.com/odrjeff

Via | Assessoria Foto | Pixabay

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