Desequilíbrios de testosterona são comuns, contudo, você sabe quais são os sinais dessa mudança?
A Testosterona, assim como outros hormônios presentes no corpo de um ser humano, é de extrema importância para a manutenção de fatores físicos e psicológicos de um indivíduo.
Tal hormônio é responsável não apenas pela manutenção do desejo sexual, mas também pela vitalidade e energia, fortificação da massa muscular e outras funções importantes para a qualidade de vida de homens e mulheres.
Portanto, não é difícil imaginar que um déficit dessa substância em níveis corretos no organismo causaria uma série de danos acompanhados de uma sintomatologia diversa, não é mesmo?
Continue a leitura e entenda os aspectos que podem indicar que você está com testosterona baixa.
Afinal, quais as causas da testosterona baixa?
A testosterona é um hormônio androgênico produzido pelo córtex adrenal, pelos testículos e pelos ovários.
Sendo assim, apesar de ser constantemente associada ao declínio hormonal masculino, a testosterona é tão vital para a fisiologia humana que está presente também no público feminino e este é igualmente afetado pelos níveis anormalmente baixos do hormônio em questão.
Além disso, a deficiência de testosterona pode ter causas diversas dependendo do caso a ser tratado.
Hoje, sabe-se que pode acontecer uma grande diminuição dos níveis de testosterona em condições como obesidade grau 3, infecção pelo vírus HIV, estresse psicológico, doenças debilitantes, abuso do álcool e tabagismo ou como efeito colateral de medicamentos como os derivados da cortisona, por exemplo.
Ademais, existe a própria deficiência de testosterona, ocasionada pelas quedas hormonais em homens e mulheres ao longo dos anos.
Segundo estudo da Boston University School of Medicine, por volta dos 40 anos, o declínio da testosterona no organismo masculino gira em torno de 1% ao ano.
Em complemento, cerca de 20% dos homens com mais de 60 anos, apresentam níveis séricos abaixo do ideal.
Quando falamos do público feminino, a queda desse hormônio pode ocorrer em muitas mulheres a partir dos 20 anos, com uma redução significativa na produção de testosterona a partir dos 35 anos.
O equilíbrio da testosterona pode ter amplos benefícios para a saúde geral da mulher e pode ser um componente essencial para a prevenção de inúmeros quadros.
Restaurar a testosterona para níveis ideais pode ajudar a elevar o humor, aumentar os níveis de energia, melhorar a massa e a definição muscular, ajudar a controlar o peso e diversos outros benefícios relacionados à saúde de um indivíduo.
Sinal #1 testosterona baixa – Fadiga
Você se sente muito mais cansado do que se sentia antes, mesmo fazendo as mesmas atividades?
Isso pode ser um sinal de que a produção de testosterona no seu organismo está baixa.
Como a produção desse hormônio está diretamente ligada à produção de energia, é comum sentir extremo cansaço e fadiga quando os níveis do hormônio estão baixos.
Sinal #2 testosterona baixa – Dificuldade de ganho de massa muscular
Normalmente, a testosterona auxilia o corpo na produção de proteínas que ajudam a formar a massa magra.
Assim, quando a testosterona está baixa, o corpo passa a destruir o tecido muscular, ao invés de ajudá-lo nesse processo. Dessa maneira, a perda de massa muscular estará presente.
A testosterona e outros andrógenos têm efeito em praticamente todos os tecidos. Estas ações metabólicas são do tipo anabolizante e adquirem alta importância fisiológica, afinal, elas favorecem a retenção de nitrogênio (balanço nitrogenado positivo) a nível de todos os tecidos, particularmente do músculo esquelético, do coração, do osso e do tecido colágeno em geral.
Após a aceleração do anabolismo protéico, nos tecidos mineralizados, há importante retenção de cálcio, e junto com a retenção de nitrogênio no músculo captam-se potássio, magnésio, sódio, fósforo e enxofre.
Este hormônio que se encontra em média 20% livre, sem ligação com proteínas, se liga ao receptor androgênico muscular, que por sua vez, ativa a expressão gênica responsável pela hipertrofia muscular.
Sinal #3 testosterona baixa – Baixa libido
A testosterona é um dos hormônios que estimula fisiologicamente o impulso sexual masculino.
Como isso acontece? Pesquisadores do Massachusetts Male Ageing Study (MMAS), descobriram que a redução da libido é um dos sintomas mais comuns de um nível baixo de testosterona.
Com o intuito de descobrir mais sobre o tema, um estudo conversou com 1.632 homens sobre seu desejo sexual e mediu seus níveis de testosterona.
Os cientistas descobriram que os homens que relataram menor desejo sexual tinham maior chance de ter baixa testosterona.
Além da baixa libido, o desequilíbrio do hormônio também pode levar a outras consequências relacionadas como infertilidade, disfunção erétil e contagem de espermatozóides reduzida.
Sinal #4 testosterona baixa – Estado depressivo
Uma revisão de estudos, publicada no jornal JAMA Psychiatry, analisou 27 pesquisas que comparavam o uso de testosterona comparado com placebos no tratamento da depressão.
No total, os trabalhos reuniram 1.890 participantes.
A revisão mostrou que a testosterona pode funcionar como um “anti depressivo moderado”, quando comparada ao placebo. Além disso, os benefícios foram maiores quando doses mais altas foram administradas.
Sinal #5 testosterona baixa – Ansiedade alta
Os hormônios sexuais também podem influenciar na quantidade de ansiedade que você sente.
Por exemplo, quando você está sob estresse, o cortisol aumenta, o que diminui a capacidade do seu corpo de produzir testosterona.
O efeito combinado do aumento do cortisol e da diminuição da testosterona, pode fazer a ansiedade aumentar.
Além disso, a testosterona tem controle parcial na liberação de cortisol.
Então, quando a testosterona é reduzida, é mais provável que o cortisol aumente. Você pode ver por que a ansiedade é um ciclo que se alimenta, e quebrar esse ciclo pode ser a chave para superar seus sintomas.
Sinal #6 testosterona baixa – Mudanças de humor
Além dos sintomas depressivos e ansiosos, aquele que experimenta níveis anormais de testosterona pode estar passando pela “síndrome do homem irritável”, termo cunhado pelo psicoterapeuta norte-americano Jed Diamond.
Segundo Diamond, o homem pode enfrentar um estado de ansiedade, frustração e raiva associado a flutuações hormonais, como a diminuição do nível de testosterona e o aumento do estrogênio.
Sinal #7 testosterona baixa – Sudorese
As ondas de calor causam os mesmos sintomas em homens e mulheres: transpiração excessiva, vermelhidão e ardência no rosto, no pescoço e no peito.
Conhecemos esses sintomas também como sudorese noturna, porque geralmente eles ocorrem de forma repentina ou temporária, à noite.
No caso da andropausa, essas ondas de calor são acompanhadas de outros sintomas, como dificuldades sexuais, alterações no humor e no sono.
Não necessariamente, ao haver níveis baixos de testosterona haverá sudorese, no entanto, decorrente das mudanças emocionais causadas por esse processo, esse sintoma pode surgir ou ser agravado.
Sinal #8 testosterona baixa – Declínio cognitivo
Estudos já comprovaram que a reposição hormonal de testosterona em idosos pode colaborar para aumento moderado da habilidade cognitiva dos indivíduos.
A partir disso, entende-se que níveis anormalmente baixos de testosterona no organismo podem induzir o declínio cognitivo acentuado e precoce.
Nesse sentido, equilibrar este importante hormônio torna-se uma ferramenta indispensável para viver uma vida de qualidade.
Sinal #9 testosterona baixa – Osteoporose
A osteoporose é uma doença que causa o enfraquecimento de toda a estrutura óssea do corpo.
Como consequência, os ossos ficam finos e podem se partir diante de movimentos simples realizados no dia a dia.
Enquanto nas mulheres, a redução da quantidade do hormônio estrogênio na menopausa é a grande responsável pela osteoporose, nos homens, a doença também tem a falta de um hormônio como causa: a testosterona.
Sinal #10 testosterona baixa – Alterações nos pelos do corpo
Vemos sinais da relação da testosterona com pelos desde a nossa adolescência.
Ao passar pela puberdade, as mudanças corporais são inúmeras.
No entanto, a mais característica para os jovens é o crescimento dos pelos corporais, incluindo a barba.
Outra evidência dessa relação é o excesso de testosterona nas mulheres, que pode causar um aumento no crescimento de pelos nas áreas andrógenas, como rosto e no tórax, o que não é normal para o sexo feminino.
Um exemplo disso é a Síndrome de Ovários Policísticos, na qual, com um aumento nos níveis de testosterona, a mulher passa a ter mais pelos em regiões mais incomuns para o sexo feminino.
O presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), Valcinir Bedin, afirma que um derivado da testosterona, chamado DHT (dihidrotestosterona), é uma das substâncias relacionadas à queda dos cabelos.
Portanto, a escassez de pelos no corpo pode, sim, ser um sinal de que os seus níveis de testosterona no organismo estão abaixo do normal.
É preciso ressaltar que todos os sinais acima apresentados podem ser diminuídos e até evitados ao buscar ajuda de um profissional.
Com o avanço da tecnologia, os métodos e descobertas que podem melhorar a qualidade de vida em todas as idades, não há motivo para continuar sofrendo em silêncio.
Um estudo, realizado com 790 homens com idade a partir dos 65 anos, concluiu que em homens sintomáticos com 65 anos de idade ou mais, o aumento das concentrações de testosterona teve um benefício moderado em relação à função sexual e algum benefício em relação ao humor e sintomas depressivos.
Além disso, um estudo recente, encontrou evidências de que, para mulheres com mais de 70 anos, ter baixos níveis de testosterona pode dobrar o risco de um evento cardíaco.
Se você perceber esses sinais em si, em alguém próximo ou no seu paciente, não hesite em ajudá-lo através da indicação da consulta com um profissional de confiança.
Via | Dr. Ítalo Rachid – Cremesp 114612 – Médico ginecologista de formação, com quase quatro décadas dedicadas às Ciências da Longevidade Humana, é o fundador da Longevidade Saudável, introdutor da Medicina Funcional Integrativa no Brasil e já formou mais de 13 mil médicos nesse modelo de medicina focado na manutenção, promoção da saúde e melhora da qualidade de vida.
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