Projeto visa profissionalizar costureiras de Várzea Grande e garantir renda
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Projeto visa profissionalizar costureiras de Várzea Grande e garantir renda

Ação oferece ensino técnico e prático e mostra, na prática, o que é um negócio de impacto social e ambiental

Roupas e retalhos que teriam como fim o descarte, agora têm ganhado novos significados pelas mãos de costureiras do bairro Jardim Glória II, em Várzea Grande (MT). Desde setembro de 2022, seis mulheres estão aperfeiçoando a técnica e a prática do corte e costura graças ao projeto “Costurando Sonhos”.

Ocorre que por meio de uma parceria entre a empresa Casa Prado e a Associação Anjo Miguel, as seis mulheres encontraram vocação na costura e têm recebido qualificação e atualização do mercado, matéria-prima de qualidade e a possibilidade de aumentar a renda familiar.

A partir das aulas com instrutoras especializadas em costura e modelagem da Casa Prado, as mulheres confeccionam bolsas, mochilas, carteiras, porta-óculos, nécessaires, estojos e bolsa de lixo para carro. Elas utilizam como matéria-prima as roupas que entraram em desuso e os retalhos de alfaiataria da empresa.

O projeto funciona três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre no período vespertino, com duração diária de quatro horas. Cada uma tem sua máquina e periodicamente elas recebem desafios para construção de novas peças.

Para elas, o “Costurando Sonhos” é um divisor de águas, visto que trouxe uma nova profissão e uma nova forma de ganhar dinheiro. “Para mim o projeto é uma alegria muito grande porque meu sonho é ter um diploma e a partir dessas aulas eu pretendo montar o meu próprio ateliê de costura. Sempre tive vontade de costurar”, conta Zislene Gonçalves – uma das beneficiadas.

Para Andreia Costa Amorim, aluna do projeto, a oportunidade da profissionalização é o maior benefício. “A gente tem que ter a visão lá na frente, de que costureira é um emprego, e que cada uma aqui tem um objetivo na costura. O meu é produzir roupa. Uma costureira nunca fica sem dinheiro, temos a oportunidade tanto de exercer a função fora, como costurar em casa.  Para nós que somos mães é uma possibilidade de conciliar com o cuidado dos filhos”.

Tatiane Martins, que também é aluna, afirma que o mais interessante é o curso ter “ido até elas”. “Dependendo da região que a gente vive é mais difícil o acesso. Existem vários cursos e oportunidades, mas para você fazer tem que pagar ou o curso é em um local muito longe, então conta o translado, ônibus, tempo. Aqui no projeto não, é gratuito, não tem custo, é perto de casa”, concluiu.

Todos os produtos confeccionados são comercializados nas lojas da Casa Prado e 100% do valor obtido com as peças é revertido para o projeto. Com isso, as costureiras têm pontos de venda e a autonomia financeira garantidos.

COSTURANDO SONHOS

O projeto “Costurando Sonhos” é um exemplo claro e prático do significado de “negócio de impacto social e ambiental”. O termo diz respeito às empresas e instituições que incorporam em sua missão o compromisso de transformação social ou ambiental.

Conforme explica o empresário, CEO da Casa Prado, Geraldo José do Prado, a empresa possui ao longo de seus 68 anos de atuação no ramo têxtil muitas outras histórias de projetos, ações e parcerias com foco na sustentabilidade e responsabilidade social.

“Nós sabemos que estamos falando de um mercado enorme, com um descarte de resíduos têxteis na mesma proporção e que, nem sempre, é feito de forma correta e sustentável. Há muitos anos ampliamos nossa atenção ao social e também ao ambiental, ao sustentável, e com isso desempenhamos a missão de beneficiar a sociedade”, disse Geraldo.

OUTROS SONHOS

Desde 2012, um dos projetos da empresa, conta Geraldo, foi desenvolvido com a Associação de Amigos da Criança com Câncer (AACC-MT), por meio de doações de produtos e auxílio no MC Dia Feliz anualmente.

Outros dois projetos realizados são o descarte das borras de café que é transformado em adubo natural para a Horta Estrela; e o descarte de pilhas e baterias por meio do programa “Papa Pilhas”. Desde 2019, foram destinados 1219kg de borra de café para horta e foram recolhidas 1.100 pilhas e 154 baterias.

A Casa Prado também é parceira do Projeto Lunaar, com recolhimento de aerossol para que a organização revenda e auxilie nos cuidados dos animais abandonados; e do Tampatinhas, em que recolhe tampinhas para que a instituição possa revender e fazer a castração de animais.

Já foram recolhidos, desde 2019, 1.286 unidades de frascos de aerossol e, no caso do projeto Tampatinhas, a Casa Prado recolheu, desde 2020, 50 kg de tampinhas de plástico e anéis de lata de bebidas.

CORES DO PANTANAL

Uma ação de sucesso desenvolvida em 2022 é a “Cores do Pantanal”, em que uma coleção de camisetas exclusiva com estampas da fauna pantaneira teve parte das vendas revertidas para a ONG “É o Bicho”. Vale lembrar que a ONG foi uma das que combateu o incêndio de grandes proporções que atingiu o Pantanal nos últimos anos.

Além destes projetos, a Casa Prado participa do movimento Sou de Algodão, que nasceu em 2016 e estimula a moda responsável. Na prática, o movimento traz transparência e sustentabilidade em todas as etapas da cadeia produtiva da indústria têxtil.

“Precisamos pensar de forma global, mas também agir de forma local. É por isso que os projetos ou ações sociais que idealizamos, e aqueles que entramos como parceiros, têm como foco oportunizar o desenvolvimento econômico, social e ambiental. É só assim que reduzimos as desigualdades sociais e de acesso”, pontua o CEO da Casa Prado.

Via | Assessoria  Foto | Assessoria

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