A cada oscilação, cabelo, unhas, pele, sono, humor e intestino se unem em resposta. Só que, embora o comportamento do sistema digestório seja visto como indicador das alterações hormonais, é no intestino que pode estar a causa de eventuais desequilíbrios.
De forma mais específica, a conexão entre o intestino e a saúde feminina está na microbiota intestinal. Criar um ambiente harmônico para os trilhões de micro-organismos – em especial, as bactérias – que habitam o órgão é ponto fundamental para o funcionamento do organismo como um todo, em especial das mulheres.
Estrogênio e intestino
O recorte científico do estudo sobre as especificidades da microbiota nas mulheres tem nome: estroboloma. O termo se refere à coleção total de genes do intestino que é responsável por metabolizar o estrogênio – hormônio que controla a ovulação durante o período reprodutivo.
Alterações nesse metabolismo levam à instabilidade da produção da enzima glicoquinase. O resultado, na prática, é o aumento dos sintomas da endometriose e do risco de câncer.
A queda nessa produção também impacta a saúde feminina, conduzindo a quadros de síndrome metabólica, declínio cognitivo, aumento de risco de doença cardiovascular, entre outras.
A nutricionista especializada em nutrição funcional e professora do Puravida PRIME, Débora Valadão, é categórica ao explicar a conexão entre a microbiota intestinal e a saúde da mulher: “as doenças que têm relação com os hormônios sexuais passam, necessariamente, pela saúde do intestino”.
Garfo e faca a postos
Segundo a especialista do Puravida PRIME, a nutrição é aliada para amenizar o desconforto causado tanto pela tensão pré-menstrual e menopausa, quanto pela endometriose. Isso porque um ambiente desequilibrado tem a capacidade de ativar a doença.
Débora destaca que a modulação está diretamente ligada ao consumo de fibras prebióticas e fitoquímicos que favorecem o crescimento das boas bactérias.
“É preciso que o intestino funcione frequentemente nessa mulher. Se ela fica com esse intestino mais constipado, ela tem uma reabsorção maior de estrogênio e isso é ruim para ela quando ela tem endometriose. Ela precisa do funcionamento adequado e as substâncias, especialmente fibras, vão assegurar isso, mandando embora com as fezes esse estrogênio que está sendo excretado pela bile do fígado”, detalha.
Mais saúde
Estudos sugerem que a adoção de uma dieta que inclua o consumo indicado de fibras prebióticas, probióticos e fitoquímicos diminui o risco de câncer de mama – que é o mais diagnosticado em mulheres ao redor do mundo.
Segundo os cientistas, apostar na alimentação adequada otimiza, inclusive, o tratamento, diminuindo os efeitos colaterais negativos das terapias.
Alimentos universais para mulheres
Para driblar o desconforto gástrico associado à TPM, menopausa e endometriose, vale lançar mão de alguns artifícios como o gel de chia, gel de linhaça e a água de ameixa e investir, sobretudo, nas frutas. Com destaque para:
- kiwi;
- mamão;
- ameixa;
- abacate;
- laranja com bagaço.
Via | Assessoria Foto | Unsplash
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