O economista e professor Fernando Tadeu de Miranda Borges, vice-presidente do CORECON/MT, representou o Conselho Federal de Economia (COFECON), na Conferência de Abertura da VIII SEMANA DO CURSO DE ECONOMIA da UNEMAT de Sinop, ocorrida este mês de agosto, em comemoração ao Dia do Economista.
A cerimônia trouxe na conferência de abertura “Economia presente: mercado de trabalho e inserção produtiva para as novas gerações de economistas”, um tema instigante e oportuno. “Foi um presente poder, diante do cenário atual, refletir sobre a profissão de economista diante dos novos desafios como a transformação no mundo do trabalho, a necessidade de criação de novos empregos, a educação não presencial, a ciência e a tecnologia, a reorganização do comércio mundial, o surgimento da profissão de economista no país, com destaque especial para os economistas Roberto de Oliveira Campos e Celso Furtado”, disse Fernando Tadeu. Roberto de Oliveira Campos foi economista, teólogo, filósofo e diplomata. Nasceu em Cuiabá a 17 de abril de 1917, e era considerado liberal. No seu ideário, estiveram as reformas da Constituição, da Previdência Social, Fiscal e Partidária, e houve o incentivo para a aceleração da privatização das empresas estatais. Criador do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço -, da Caderneta de Poupança, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, participou da formulação do Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), como Ministro do governo Castello Branco (1964-1967). Foi Embaixador do Brasil em Washington e Londres, e Senador da República por Mato Grosso. Era Membro da Academia Brasileira de Letras. Publicou inúmeras obras, que na atualidade ainda despertam polêmica e acalorados debates. Algumas das opiniões conflitantes do economista foram destacadas. Celso Monteiro Furtado (Celso Furtado), paraibano, nascido em 26 de julho de 1920, foi destacado como importante para a compreensão da formação econômica do Brasil e da América Latina, criou a Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), foi da CEPAL, primeiro Ministro do Planejamento, no Governo de João Goulart (1962-1964), Ministro da Cultura no governo José Sarney (1985-1990), Membro da Academia Brasileira de Letras, e publicou inúmeros trabalhos, tendo sido indicado para concorrer ao Prêmio Nobel de Economia, pelo Senador Aluísio Mercadante, com aprovação do Senado Federal. Na conferência, os debates levaram um despertar dos estudantes para as grandes questões do século XX e do tempo presente, ou seja, “mais mercado” ou “mais Estado” na economia brasileira. Além das muitas outras questões relevantes, abordou-se também o rebote econômico brasileiro, ocorrido em 2021, o pesadelo da inflação brasileira, a situação da economia em 2022, o trabalho do CORECON/MT sob a presidência do economista Evaldo da Silva, e o trabalho do COFECON, sob a presidência do economista Antônio Corrêa de Lacerda. Na abertura da oitava edição da Semana do Curso de Economia da Unemat de Sinop foram sorteados livros e revistas. O livro “Arthur Borges – a trajetória de um líder”, do tio-avô de Fernando Tadeu, que sonhou e lutou pela construção da Cuiabá-Santarém (BR 163), e que entregou o projeto para a construção da estrada para o presidente Getúlio Vargas, e que sonhou com o desenvolvimento do Norte de Mato Grosso, foi destacado junto aos estudantes. Arthur Borges dá nome ao SESI em Sinop, e com essas palavras resumiu o vice-presidente do CORECON-MT: “Eu tenho a honra de dizer para todos e todas, que Arthur Borges, meu tio-avô, contribuiu com o desenvolvimento do estado, e que sonhou e lutou pela construção da BR 163 – que atualmente liga Cuiabá à Santarém, no Pará”, finalizou Fernando Tadeu.Via | Andressa Boa Sorte/Assessoria Corecon-MT. Foto | Assessoria
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