Deyse não tem muitas informações sobre como tudo aconteceu. O que ela sabe é que no dia 17 de junho de 1994, uma mulher, que provavelmente era a sua avó biológica, procurou nos corredores do Hospital Geral, em Cuiabá, por alguém que desejasse criar uma menina.
“Minha mãe de criação conta que a biológica tinha aparentemente uns 12, 13 anos. Ela e minha avó não poderiam me levar de volta para casa pois meu avô era muito bravo e não nos aceitaria. Além disso, poderia até fazer mal para nós duas”, cita.
Deyse relata que um dia após o nascimento, já foi levada para casa pela mulher que a criou.
Com o passar do tempo o sentimento de saber de onde pertence só aumentou e isso ficou ainda mais forte há cerca de seis anos. A jovem só tem o nome ‘Maria Viviane Ferreira’, que seria o nome de sua mãe biológica. Com base nisso, começou a pesquisar na internet, redes sociais, mas ainda não teve nenhuma informação.
Dois anos atrás, quando teve seu segundo filho, Deyse teve sérios problemas de saúde que levaram a uma embolia pulmonar. Na ocasião, precisava que um familiar lhe fizesse uma doação de sangue e isso mexeu ainda mais com o coração dela, que mais uma vez sentiu dentro de si a vontade de saber do passado.
Aos 27 anos, casada e com dois filhos, a mulher fala que seu maior sonho é conhecer a mãe e familiares biológicos, apresentar a família que construiu ao longo da vida e também os netos à sua mãe biológica.
Além disso, Deyse quer entender a exata história que a levou por outros caminhos de vida.
“Eu nem sei o que farei se encontrar a minha mãe, é tudo o que eu mais quero na vida. Poder perguntar a ela o que aconteceu, também saber se ela não deita na cama e tem esse sentimento de saber onde está a sua filha. Todo dia é isso que passa na minha cabeça”, conclui.
Via | G1
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