O Sindicato dos trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT) disse que o objetivo maior da categoria era denunciar as irregularidades no local. A instituição informou que foi formalizada uma denúncia na Polícia Federal com pedido de investigação.
O movimento grevista começou depois que a empresa retirou sete carteiros da entrega de cartas da rua. Segundo o sindicato, a interrupção do serviço com bicicleta faz parte do chamado projeto de padronização do processo produtivo, que traz sob o discurso de “revitalização” e cortes orçamentários.
Ao todo, 23 carteiros aderiram à greve na unidade, sendo os sete da bicicleta impedidos de sair para fazer a entrega, 13 motoqueiros que afirmam ter ficado sobrecarregados com as entregas e outros três internos.
No primeiro dia da greve, foi lançada uma carta aberta à população de Várzea Grande para alertar que a carta, encomenda, Sedex e outros documentos estavam amontoados no Centro de Distribuição por causa da restrição de entrega da empresa.
Na semana passada, os trabalhadores ocuparam a unidade de Várzea Grande e passaram a entregar as encomendas no local.
Correspondências estão acumuladas em Várzea Grande (MT) — Foto: Alexandre Aragão
O sindicato informou que os trabalhadores comunicaram a superintendência regional dos Correios que, apesar do retorno às atividades, eles permanecem em estado de greve e mantém a assembleia geral permanente. Em estado de greve permanente, o grupo continua o processo de negociações com a instituição, podendo paralisar os trabalhos novamente.
No comunicado à empresa, os carteiros alertam também que não “aceitarão retaliação e/ou qualquer tipo de perseguição, através de abertura de processos administrativos com desvio de finalidade, não aceitarão continuidade de assédio moral e sexual cometidos pelo gestor do CDD Várzea Grande”.
Via | G1 Foto | Reprodução
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