Colocar ordem na casa traz benefícios que vão além da praticidade, contribuindo com mais bem-estar e qualidade no dia a dia
Até as pessoas mais organizadas se deparam, de vez em quando, com um armário um pouco entulhado ou um móvel com uma coleção de sapatos que já se perderam de seus pares. Para os bagunceiros, a realidade pode ser ainda mais dramática. No entanto, independentemente do grau de desordem, passar mais tempo dentro de casa trabalhando em home office, como ocorreu para muitos desde o início da pandemia, deixou evidente cada cantinho do lar que não está em seu melhor estado e pode ser melhorado.
“As pessoas sentiram uma necessidade muito grande de melhorar seu espaço de trabalho, que em um primeiro momento se tornou a mesa da sala ou da cozinha. A partir disso, o público foi em busca de equipamentos que pudessem atender suas necessidades e, olhando ao redor, identificou que seria preciso mudar de verdade, criar seu espaço, ter mais alternativas de organização”, afirma Maurício Moraes, gerente geral da Ordene. Com isso, uma profissão ganhou destaque: a de personal organizer. Maurício comenta que o surgimento desse segmento é recente e veio para o brasil com mais evidência nos últimos cinco anos. “No início, eram pessoas que organizavam apenas ambientes de modo geral, e hoje são consultores, estão super atualizados com as novidades do mercado.” Quem detalha os contornos desse estilo de vida que se afirma cada vez mais é Paula Furlan, personal organizer há oito anos. A profissional conta que até o que parece simples e óbvio se tornou muito mais aprofundado e específico por conta da pandemia, como por exemplo a organização da casa. Existem nichos de atuação visando o que é imprescindível dentro da realidade de cada cliente como, por exemplo, o serviço de baby organizer – que se propõe a organizar tudo o que se refere aos filhos – e o oferecimento de treinamentos domésticos para manter em dia o trabalho realizado. Além dos benefícios práticos, a tendência fez com que os próprios produtos fossem repensados para além da instauração da ordem, se tornando parte da decoração e até mesmo um estilo de vida. Quem transita pelas redes sociais com certeza já viu algum vídeo ‘satisfatório’ ou imagens de antes e depois da organização, sentindo uma imediata sensação de bem-estar, e a experiência de Maurício reforça exatamente isso. “Os organizadores mais clássicos, transparentes, estão dando espaço para os coloridos com mais design, estampas, que tenham a função do travamento e empilhamento. Seja no closet, garagem, ou na sala, não são mais aquelas caixas que colocávamos nos armários simplesmente para guardar ciosas que não usávamos”, diz ele. Depois de entender as opções oferecidas, chega a hora de começar com o que se tem e exatamente de onde está. O que não faltam são métodos e possibilidades, que Paula relembra ao comentar sobre os inúmeros conteúdos disponíveis online sobre o tema, desde séries renomadas nas plataformas de streaming, até digital influencers mostrando o resultado do serviço aplicado em suas casas e closets. No entanto, a tarefa exige técnica e planejamento, já que organização é diferente de simplesmente promover uma arrumação. Para ela, organizar se trata de ter uma logística dentro de casa, e é isso que torna a vida muito mais prática. Porém, para começar a repensar os ambientes e seus itens, a personal organizer dá a dica sobre os acessórios que auxiliam na tarefa. Divisórias e as caixas organizadoras dentro de gavetas e armários são primordiais, pois delimitam espaços, que é a grande vantagem dos produtos organizadores. “É melhor que a pessoa vá investindo nisso aos poucos do que comprar tudo de uma vez, com uma qualidade baixa”, pontua. Quando questionada sobre a efemeridade (ou duração) dessa nova preocupação adquirida pelas pessoas, Paula afirma categoricamente que não será algo passageiro. “Os benefícios da vida organizada são comprovados e sentidos na prática por todas as pessoas que passam por um projeto de organização.” “Antes as pessoas se preocupavam com o deslocamento, roupas, forma de se apresentar, e hoje se preocupam mais na satisfação com o trabalho, no sentido de ver e ter seu espaço mais organizado”, endossa Maurício. Via | R7Share this content: