A expectativa da maioria dos 3515 entrevistados pela rede Microcamp, é que vão surgir mais vagas, novas profissões e diferentes relações e formas de trabalho
Diante das dificuldades
Como demonstrar competência sem ter experiência? Este o dilema vivido por muitos jovens que estão iniciando a vida profissional, como Alice Suelly de Lima, de 17 anos. Ela conseguiu seu primeiro emprego em fevereiro deste ano, como auxiliar numa papelaria, mas com a crise decorrente da pandemia, foi demitida em abril. Desde então tem mandado currículo, mas só foi chamada para uma única entrevista e não conseguiu a vaga. “As empresas exigem experiência, esquecem que estamos começando”, lamenta Alice que nem por isso perdeu as esperanças. “Eu acho que após a pandemia vão surgir mais vagas e o mercado vai melhorar”.
Experiência conta sim, mas não é garantia de emprego. Lucas da Silva Carvalho é um exemplo. Depois de quase quatro anos trabalhando como fiscal de caixa, foi demitido no início da pandemia. Desde então não conseguiu trabalho fixo. Fez estágio na sua área de formação (marketing e publicidade), trabalhou como vendedor autônomo de consórcio de carro, mas também entrou para a lista de corte quando a crise chegou as essas empresas. Continua à procura de emprego e diz que seu principal desafio é enfrentar a concorrência. “Muita gente foi demitida, está desempregada, procurando emprego e há poucas vagas disponíveis. Hoje além de qualificação, experiência e referência, requisitos que sempre foram exigidos, ainda temos que disputar a vaga com muita gente”.
Diante de um cenário tão adverso, a solução para alguns, é ser proativo e se reinventar. Antes da pandemia, Bruno Ribas Correa, 18 anos, trabalhava como jovem aprendiz na Caixa Econômica. Com a crise, por questão de segurança, passou a exercer suas atividades de estagiário em casa, e aproveitou o período para abrir seu pequeno negócio como web designer, já que tinha curso na área. Assim, passou a criar artes, logos, banners e trabalhar com edição de imagens e vídeos. “Meu projeto ainda está em desenvolvimento, vou montar meu site pesquisar formas de divulgação, mas já estou ganhando um dinheirinho que complementa meu salário como estagiário”, comemora.
Para Bruno, além de buscar se especializar em alguma área, os jovens precisam ter mais iniciativa. “É preciso correr atrás, buscar outras maneiras de trabalhar, seja numa empresa ou até um negócio próprio”.
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