Somente de janeiro a junho foram apreendidas 5,7 toneladas de drogas, um prejuízo de aproximadamente R$ 51,5 milhões no mercado do crime. Presos e descapitalizados, neste ano, se observou que os criminosos passaram a reagir e usar equipamento bélico mais pesado.
Houve 78 mortos por confronto com as forças policiais em Mato Grosso, de acordo com as informações da Superintendência do Observatório da Violência. No mesmo período de 2019, foram 41 casos.
“Temos observado esse comportamento na região de fronteira. Antes os criminosos abandonavam o carregamento e fugiam, agora passaram a revidar usando armas como fuzis. O mesmo tem ocorrido na região metropolitana, com os bandidos atirando contra os policiais, ameaçando matar policiais. Se houver agressão, a polícia vai reagir”, argumentou o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
Conforme a Superintendência do Observatório da Violência, ligado à Secretaria Adjunta de Inteligência da Sesp, a letalidade das ações policiais dentro do universo das prisões em flagrante, cumprimento de mandados de prisão e as conduções para averiguação é inferior a 1%. As mortes resultantes durante prisões em flagrante foram de 0,74% e 0,33% com relação às conduções para averiguação.
“Isso demonstra o alto preparo e a consciência nas ações desenvolvidas por estes profissionais. Eles só reagem quando há uma desobediência de ordem do poder de polícia, ou quando os criminosos atiram contra um policial armado”, disse o titular da Sesp.
Crimes contra a vida
Mesmo com aumento de crimes causados por confronto policiais, em Mato Grosso os casos de homicídios e de latrocínio (roubo seguido de morte) reduziram no período de janeiro a junho deste ano, comparado ao ano passado. Foram 2,2% casos a menos e a redução de 48% nos latrocínios.
Em Cuiabá, os homicídios caíram 11%, baixando de 53 casos no primeiro semestre de 2019 para 47 neste ano. Já em Várzea Grande, os casos de assassinatos reduziram 14%. Foram 36 casos este ano contra 42 ano passado.
Nos casos de roubo seguido de morte, caíram 83% em Cuiabá e 86% em Várzea Grande, com um caso registrado em cada um dos municípios citados.
Um diferencial deste semestre é o aumento da apreensão de armas de grosso calibre. Foram sete fuzis retirados da mão de criminosos, 40% a mais do que os primeiros seis meses de 2019. Foram quatro submetralhadoras apreendidas.
“A criminalidade está mais fortemente armada, o que pode ser um fator a mais na necessidade de intervenção por parte das forças de segurança estadual”, finalizou Bustamante.
Fonte | Sesp-MT Foto | PMMTShare this content: