Mulher apresentava lesões no ouvido, coluna, cabeça e peito
Um médico ortopedista foi preso na noite de terça-feira (11) suspeito de espancar a ex-namorada dele, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. De acordo com a Polícia Militar e a Polícia Civil, Leonardo Lotufo Bussiki, de 36 anos, deu socos e chutes na médica veterinária Cristiane Costa dos Santos Souza Budib, de 41 anos.
A advogada do médico disse que a defesa não vai se manifestar e afirmou que Leonardo irá provar durante a instrução do processo ”a verdade real dos fatos’. Em depoimento à Polícia Civil, ele negou as agressões e disse que foi Cristiane que se machucou sozinha.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou ao G1 que a juíza Silvana Ferrer Arruda, da Quinta Vara Criminal, concedeu a liberdade ao médico na audiência de custódia realizada na quarta-feira (12). Foram estalecidas medidas cautelares: monitoramento eletrônico, não aproximar dela por dois metros e comparecimento periódico na Justiça.
A veterinária denunciou, em redes sociais, os detalhes das agressões. Ela revelou também que pediu medidas protetivas e vai usar o botão do pânico.
A polícia foi chamada por volta de 23h na casa da vítima. O médico, de família tradicional cuiabana, foi preso em flagrante pelo crime de lesão corporal.
A veterinária divulgou fotos onde ela aparece com o nariz e o ouvido com sangrando, além de exames que atestaram asfixia, lesões na coluna, na cabeça, no rosto e no peito. O casal foi encaminhado pela PM até a Central de Flagrantes de Cuiabá.
Em nota, a Polícia Civil informou que o médico foi autuado em flagrante por lesão corporal dentro da Lei Maria da Penha, entretanto, afirmou que não divulgará detalhes da ocorrência por se tratar de violência doméstica. O caso foi encaminhado para Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, que vai investigar o crime.
O médico ortopedista já é réu por lesão corporal contra uma mulher, em 2019, e responde a um processo que tramita na Segunda Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, em Cuiabá.
Fonte | G1
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