O conselho é ligado à Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) e encaminhou documento ao Ministério Público. Cita um segundo caso de racismo por parte de Contreira contra o vereador Juca do Guaraná.
Em um áudio enviado via WhatsApp, Contreira se refere a Augusto como “preto filho da p…”, numa atitude grave, que se insere em crime de cunho racial e o enquadra na Lei do Crime Racial nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, com previsão de prisão e indenização.
Reincidente, Contreira cometeu novamente ato de racismo contra o vereador por Cuiabá Juca do Guaraná quando, em áudio de WhatsApp, se dirigiu a Juca como “preto” comentando em uma conversa sobre uma pesquisa eleitoral.
Presidente do Cepir, que solicitou o afastamento imediato de Contreira do cargo de vice-presidente do Creci, disse que o Conselho fez o que está em suas atribuições que é combater firmemente o racismo.
“Precisamos que este caso seja combativo e apurado pelo MP e não fique somente nas estatísticas, assim, nós provocamos o MP para que ele tome as medidas necessárias quanto a este caso. Não é a primeira vez que este cidadão comete o ato de racismo, já é reincidente pela segunda vez, ele tem a prática de racismo com ele, ele precisa pagar, ele tem que responder por esse crime” disse Manoel.
Ainda sobre, Manoel desabafou que viver em uma sociedade sobre o peso do racismo é muito triste e que o Conselho acionou a presidência do Creci para que afaste imediatamente o vice.
“Nós, como Conselho, acionamos o presidente do Creci de MT e solicitamos o imediato afastamento do senhor Claudecir, que é vice-presidente, porque vemos que, uma instituição de respeito e de história, como é o Creci, não pode ter no seu quadro de diretoria, pessoas racistas” desabafou Manoel.
Manoel explicou que aguarda posicionamento do MP e da presidência do Creci e que vai acompanhar o caso até que seja apurado e tomado medidas cabíveis com a punição do acusado, conforme a Lei estabelece.
Outro lado
Claudecir Contreira admitiu ter errado em relação ao servidor Augusto César da Silva. Ele responde a um processo na Justiça Federal sobre esse caso. O vice-presidente do Creci, porém, negou ter sido o autor do áudio que cita o vereador Juca do Guaraná.
“Eu sou amigo pessoal do vereador, isso aí é invenção, é fake news. Se era ou não a minha voz, cabe a eles provarem. São duas situações diferentes. Se eles juntaram um áudio com o outro é problema deles. É uma falta de respeito inclusive com o vereador ficar dando publicidade a isso”, declarou.
Sobre o possível afastamento do cargo, Contreira disse que não acredita que deva acontecer e que “não deve nada”.
“Se vão conseguir o afastamento, eu não sei, mas eu não devo nada. No primeiro caso eu já admiti e estou sendo processado por isso. Agora, caberia ao vereador, que seria o ofendido em tese, me acionar. Mas já conversei com ele, é meu amigo, tenho o maior respeito pelo vereador. Inclusive será meu vereador na próxima eleiçao”.
“E assim, na primeira vez, o áudio não foi enviado com essa finalidade, de ofender. Foi para alguém que era ligado ao funcionário, meu subordinado e chefe do funcionário. Se for condenado, vou aceitar, recorrer, enfim, não quis ofendê-lo, não é meu perfil. Minha imobiliária tem negros, homossexuais, não sou racista, tenho respeito por qualquer ser humano”, continuou.
Fonte | RDNewsShare this content: