Mandioca, quiabo, banana e farinha são alguns dos itens produzidos e distribuídos nos municípios da região sul do estado. As pequenas lavouras garantem emprego e renda para mulheres e jovens que moram no assentamento.
Quiabo produzido em assentamento de Campo Verde (MT) — Foto: TVCA/Reprodução
No Assentamento 14 de agosto, na zona rural de Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, 70 famílias produzem mandioca, quiabo, banana e farinha, em áreas com pouco mais de 20 hectares. Além de abastecer os municípios da região, as roças geram emprego e renda para mulheres e jovens moradores do local.
O pequeno agricultor Antônio da Silva Barbosa, que trabalha no campo há 22 anos. Ele e a família se dedicam ao cultivo de quiabo.
Nessa época do ano, a colheita é feita duas vezes por semana. Todo produto colhido, com a ajuda do filho dele, é distribuído para municípios da região.
“Boa parte da produção vai para Campo Verde, Rondonópolis, Jaciara, Primavera do Leste e Poxoréu. Houve uma época que distribuíamos para Cuiabá, mas como a demanda aqui na região cresceu, não sobra para outras cidades”, comentou o agricultor.
Produção de banana no Assentamento 14 de agosto — Foto: TVCA/Reprodução
A produtora Idalice Nunes investe no cultivo de banana. São quase 10 mil pés de banana em uma área de seis hectares. De acordo com Idalice, a roça produz 100 caixas da fruta por semana.
“Nós cultivamos banana nanica, da terra e prata. O comércio aqui na região e estamos conseguindo garantir renda”, afirmou.
Orismar Rodrigues mantém uma lavoura de mandioca, em que parte da produção é destina a uma pequena indústria de farinha que fica dentro do assentamento.
Por semana, cerca de oito toneladas de mandioca são transformadas em farinha branca e amarela, beiju, flocos de farinha, polvilho, farinha de ‘puba’ e massa para tapioca.
Agroindústria de farinha que funciona dentro do assentamento — Foto: TVCA/Reprodução
De acordo o farinheiro Gildo Marcolino, cada tonelada de mandioca rende 250 quilos de farinha. Ele diz que decidiu investir na indústria de farinha, porque percebeu que sobrava muita mandioca nas lavouras da região.
Dessa forma, além de movimentar o mercado comprando mandioca dos produtores locais, gera emprego para mulheres e jovens do assentamento, que trabalham limpando e descascando o produto.
Maria das Graças é uma das moradoras da comunidade que trabalham na indústria de farinha. Segundo ela, a iniciativa de Gildo deu aos moradores a possibilidade de trabalhar sem ter que se deslocar até a cidade.
Fonte | G1
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