Servidores lembram que Silval pagou em dia e repôs salários apesar de “parafernália”
O presidente do Sindicado dos Servidores da Saúde (Sisma), Oscalino Alves, aponta que o governador Mauro Mendes (DEM) está cometendo o mesmo erro do ex-governador Pedro Taques (PSDB) e acaba “montando palanque” para o Fórum Sindical. Segundo ele, os dois gestores já começam “pecando” pela falta de diálogo.
O sindicalista avalia que o democrata tomou a decisão de enviar pacote de medidas para Assembleia Legislativa sem ouvir as categorias e que “filme vivido” na gestão tucana pode ter reprise nos próximos dias. Inclusive, uma greve geral não é descartada. “Nós ficamos o ano de 2015 buscando diálogo com o Governo. Quem colocou o Fórum Sindical em um palanque e colocou o Fórum Sindical em cima de um carro de som foi o próprio governador Pedro Taques. Mauro pode criar uma celeuma por não ter aberto o diálogo e ter mantido setores sem ajudar pagar a conta”, destaca Oscarlino.
O servidor explica que a história que está sendo contada pelo Executivo, de que são necessárias as medidas de ajustes nas contas não é verdadeira. Segundo ele, o governo cria argumentos apenas para penalizar o servidor público.
Oscarlino lembra que toda narrativa relacionada aos projetos que atacam diretamente o servidor está fracionada e essa estratégia foi adotada no governo passado. Por isso, ele frisa que um dos exemplos de “história mal contada” diz respeito a Revisão Geral Anual (RGA), que era paga regularmente nos governos Blairo Maggi (PP) e Silval Barbosa, e passou a ser um “drama” com Taques e agora Mauro Mendes. “A RGA passou a ser paga a partir do governo Blairo Maggi dois mandatos, e pelo o governador Silval, mesmo com toda aquela parafernália que a gente viu. E o governador Pedro Taques quando assumiu em 2015 disse que não tinha condições de pagar nada”, recordou.
A categoria afirma que pacotes de medidas que foram aprovadas pela Assembleia apenas prejudicam e não beneficiam os servidores. Como exemplo, o novo critério de pagamento do RGA, que será pago dependendo de uma avaliação do caixa do executivo, e somente após dois anos.
O presidente explica que Mendes preparou um pacote assim como Taques e encaminhou para o legislativo, e não mediu as consequências que o Governo do tucano teve. “Ele(Taques) preparou um pacote assim como governador Mauro Mendes preparou agora e mandou para Assembleia . Depois teve muita discussão e o Estado ficou parado 50 dias, e a partir dali começou a aparecer vários escândalos de corrupção. Nos desafiou sem necessidade, criando uma celeuma fora de hora”, destacou.
Por fim, Oscarlino destaca que paralisação que acontece nesta terça-feira (12), tem justamente a finalidade da categoria deliberar sobre os projetos aprovados. “Entre as categorias que já confirmaram a paralisação de um dia estão a de profissionais da secretaria de Educação, da secretaria de Meio Ambiente e da Saúde, que manterá somente 30% do efetivo nos serviços essenciais”.
VÍDEO
O presidente do Sisma divulgou um vídeo publicitário nas redes sociais demonstrando a indignação dos servidores com a atuação dos chefes de poderes, entre eles, o governador Mauro Mendes. Ele destaca que crise financeira é “plantada” por gestores. “Os governantes fabricam a crise como cortina de fumaça para continuar patrocinando os interesses privados que eles próprios fazem parte”, diz em vídeo.
Em sua narrativa, também pontua que servidores públicos estão sendo atacados e prejudica apenas a sociedade, que segue com serviços precários. Ainda revela que greve não é desejo, mas sim a única forma de reivindicar direitos.“Governo prefere atacar os mais fracos, contas que não fecham nunca. A única crise é a moral com políticos corruptos soltos”.
Fonte | FolhamaxShare this content: