Edison Brittes, suspeito que confessou ter matado jogador, deverá ser indiciado por homicídio e ocultação de cadáver
A Polícia Civil de São José dos Pinhais (PR) deverá concluir nesta quarta-feira (21) o inquérito que apura o assassinato do jogador de futebol Daniel Corrêa, ocorrido no mês passado. De acordo com o entendimento da autoridade policial, os sete suspeitos presos devem ser acusados pela morte do atleta, mas por crimes diferentes.
Segundo apurou o R7, o empresário Edison Brittes Junior, suspeito que confessou ter matado a vítima, deverá ser indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Com ele, deverão responder pelos mesmos crimes David Willian Vellero da Silva, Igor King e Eduardo Henrique da Silva. Os três são acusados de ajudar no espancamento de Daniel dentro da casa dos Brittes e no transporte do corpo até o matagal onde a vítima foi localizada.
Já Cristiana e Allana Brittes, esposa e filha de Edison, deverão ser enquadradas por coação de testemunhas e fraude processual. Eduardo Purkote deverá responder por lesões graves — foi apontado em depoimento como sendo a pessoa que teria arrombado a porta do quarto, destruído o celular da vítima e entregado a faca do crime; a defesa nega e garante que Purkote estava em outro ambiente da casa durante as agressões.
Após ser concluído, o inquérito policial que é presidido pelo delegado Amadeu Trevisan será entregue ao Ministério Público paranaense. A expectativa é de que o Ministério Público acompanhe o trabalho policial e ofereça a denúncia contra os acusados à Justiça pelos mesmos crimes.
Caso a denúncia oferecida pelo promotor João Milton Salles seja aceita pela Justiça, terá início o processo judicial. Com isso todos passarão a ser classificados como réus e poderão enfrentar um júri popular.
O crime
Daniel, de 24 anos, atleta do São Paulo que estava emprestado ao São Bento, havia sido convidado para a festa de aniversário da jovem Allana Brittes, no último dia 27 de outubro. A comemoração teve início na boate Shed, em Curitiba, mas se estendeu para a residência da aniversariante.
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Após ser flagrado no quarto de Cristiana, mãe de Allana, Daniel foi espancado por Edison e outros rapazes que particpavam da festa. Em seguida, o jogador foi retirado da casa, torturado e morto a facadas em uma área rural de São José dos Pinhais.
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