“[O presidente Michel] Temer está tomando providência no tocante a isso [transferência]. Vai ser normalizado, mas os primeiros que saíram, os 200 [sic],no meu entendimento, eram militares e agentes cubanos que estavam aqui dentro”, disse o militar.
A declaração foi feita após Bolsonaro visitar o presidente e ministros do TCU (Tribunal de Contas de União).
O presidente eleito disse que sempre manifestou-se contra condições do programa, criado em 2013 pelo governo de Dilma Rousseff (PT).
“Não é declaração nova: há 5 anos, quando a MP do Mais médicos chegou à Câmara, criticava a questão de não poder trazer a família para cá. É desumano. A questão do salário e de não ter uma comprovação mínima que seja se são médicos ou não”, afirmou.
Em 2013, no entanto, Bolsonaro posicionou-se contra o ingresso de familiares de cubanos no país. O militar argumentava que seriam agentes do governo da ilha caribenha.
“E um detalhe, Marquezelli [deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP)]: esses agentes podem adquirir emprego em qualquer lugar do Brasil com carteira assinada, inclusive cargos em comissão. Olhem o perigo para a nossa democracia!”, disse em discurso na tribuna da Câmara.
Na semana passada, o Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou que o país não participará mais do Mais Médicos. Segundo o órgão, a saída dos médicos do país foi decidida após declarações “ameaçadoras e depreciativas” feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Fonte | Poder 360
Share this content: