Em artigo escrito para o jornal americano The Washington Post, o tucano afirmou que “hoje pode haver 1 risco para o Brasil, assim como em qualquer outro lugar”e disse que se os direitos humanos e as leis forem ameaçados é “obrigação se levantar e resistir”.
O ex-presidente também escreveu que a “mídia tradicional perdeu influência” e que a “sociedade perdeu coesão”.
O texto não menciona Fernando Haddad (PT), que foi derrotado pelo político do PLS no 2º turno das eleições presidenciais.
O tucano foi procurado pelo petista para compor uma aliança suprapartidária. Embora tenha deixado claro em diversas ocasiões que não votaria em Bolsonaro, o ex-presidente não manifestou apoio explícito ao ex-prefeito de São Paulo.
A organização dos partidos políticos também é apontada por Fernando Henrique como algo em processo de mudança.
“Partidos políticos e tratados, que uma vez tiveram significado para projetos polítcos e ideologias, não tem mais suporte. Como resultado, a escolha política das pessoas são às vezes guiadas por mensagens geradas pelas redes sociais”, afirmou.
O texto diz que Bolsonaro foi eleito porque “surfou em 1 tsunami de raiva e desespero da população que varreu todo o sistema político brasileiro, com líderes políticos antigos”. O tucano citou como motivo de revolta da população o número de desempregados, homicídios e o crescimento do crime organizado.
Cardoso também cita a corrupção dos partidos, “especialmente a do Partidos dos Trabalhadores”, e ressalva que não há confirmação de 1 colapso no sistema político.
“Não dá para saber se o sistema colapsou. Dos 4 presidentes eleitos depois da Constituição de 1988, 2 foram afastados, 1 está na cadeia por corrupção e o outro sou eu.”
Fonte | Poder 360
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