Manuela diz que Lula terá influência caso Haddad seja eleito

Manuela diz que Lula terá influência caso Haddad seja eleito

A candidata a vice-presidente Manuela D’Ávila (PC do B) comentou, nesta 2ª feira (24.set.2018), sobre qual seria a influência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no governo federal caso Fernando Haddad (PT) seja eleito presidente.

“Eu espero que seja do tamanho dele. Ele é 1 grande brasileiro, 1 grande líder político. O Haddad tem essa característica de ter muita serenidade, de ouvir”, disse. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Bandeirantes. Manuela é candidata à vice de Haddad.

A deputada estadual afirmou que os concorrentes na disputa presidencial também são influenciados por líderes de suas siglas. “É natural que se escute as referências do seu partido. Se Ustra estivesse vivo, Bolsonaro certamente o escutaria. Alckmin escuta Fernando Henrique”, disse.

Sobre o candidato Jair Bolsonaro (PSL), Manuela criticou a defesa que o político faz do comandante Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-CODI, órgão de repressão que realizava tortura contra opositores do regime militar. Ela afirmou que “preocupa candidatos que defendem torturadores como ídolos.”

A deputada estadual do Rio Grande do Sul questionou o processo que levou a prisão de Lula, que foi condenado em 2ª instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

“Me incomoda que o Brasil passe a integrar um seleto grupo de países que não seguem tratados internacionais [sobre a recomendação do comitê de direitos humanos da ONU que defendeu a candidatura de Lula]. Mais de 100 candidatas concorrem mesmo condenados em 2ª instância e Lula não concorre.”

Sobre a crise humanitária na Venezuela, a candidata do PC do B evitou tecer opiniões definidas sobre o governo de Nicolás Maduro, mas criticou interferência externas de outros países.

“Candidatos a presidente do nosso país se manifestam de maneira ideológica. Quando as pessoas estimulam debate com base na ideologia passam a defender inclusive intervenção militar de outro continente”, afirmou.

Manuela declarou que o papel do Ministério de Relações Exteriores é mediar conflitos. “Meu sonho é que o Brasil se torne 1 grande Brasil e medie conflitos, como fez com os governo Fernando Henrique e Lula”.

Assim como Haddad em diversas ocasiões, Manuela falou de uma entrevista dada pelo ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati ao jornal Estado de São Paulo, na qual ele critica o comportamento do partido durante o processo que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

“Eu fiquei muito satisfeita quando o senador Tasso Jereissati deu uma entrevista muito sincera e didática. Ele disse que o PSDB errou muitas vezes, quando de forma irresponsável e eu acrescentaria infantil, questionou os resultados das eleições e quando passou a votar contra todas as medidas da Dilma contra a crise, apenas por serem do PT”, afirmou a candidata a vice.

Fonte | Poder 360

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