Um advogado anunciou que, em nome dos moradores, entrará com uma ação contra o ator
Um advogado de Nova Orleans anunciou na quinta-feira que está preparando uma ação judicial contra Brad Pitt e sua Fundação Make It Right porque algumas das casas ecológicas que construiu depois do furacão Katrina sofrem uma grave deterioração. O advogado Ron Austin disse à emissora de televisão local WWL-TV que os moradores das casas apresentam sequelas físicas por esse motivo.
Grande apreciador de design, Pitt fundou a Make It Right em 2006 –o ano seguinte ao desastre– juntamente com o designer William McDonough para proporcionar moradia às pessoas que haviam perdido a delas no Lower 9th Ward durante o furacão. As casas foram projetadas pelos melhores arquitetos, inclusive Frank Gehry. Pitt, de acordo com o site de arquitetura ArchDaily, gastou 24 milhões de dólares (cerca de 98,92 milhões de reais) para levantar 86 moradias, ou seja, uma média de 280.000 dólares cada uma.
O advogado disse que “fizeram muitas promessas de corrigir as falhas das casas que tinham vendido inicialmente a essas pessoas, e não o fizeram”. Mas fontes próximas a Pitt dizem que o ator já está trabalhando para resolver os problemas e que doou mais dinheiro para isso. As obras começaram, de acordo com essa versão, há algum tempo. “Brad tem trabalhado nisso há cerca de um ano”, disse um porta-voz do ator. “Assim que soube que havia coisas que não estavam à altura dos padrões que ele e outros esperavam, encarou o problema. Por isso essa reclamação nos surpreendeu”. As casas têm goteiras e até telhados quebrados.
Especialistas argumentam que as construções foram malfeitas e foram usados materiais ruins. Acreditam que algumas podem ser consertadas, mas outras terão de ser demolidas.
Pitt ficou fascinado com Nova Orleans em 1994, enquanto filmava Entrevista com o Vampiro. “É a cidade mais singular dos Estados Unidos. A minha família e eu gostamos de estar aqui, onde podemos ter uma vida normal. É o único lugar onde eu poderia fazer uma loucura sem que me considerassem louco”, disse na época.
Fonte | El País
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