Corte de gastos e interesses contrários podem fazer escudeira deixar esporte
A Ferrari pode deixar a Fórmula 1 depois de 2020 se os novos proprietários da modalidade esportiva a levarem em uma direção contrária aos interesses da montadora de veículos italiana, alertou o chairman Sergio Marchionne, na quinta-feira (2).
Em uma teleconferência com analistas, Marchionne disse que, embora apóie o corte de gastos, há outras questões estratégicas em discussão que podem obrigar a Ferrari a cogitar correr em outras modalidades. “Ela (a F-1) é parte de nosso DNA desde o dia em que nascemos”, afirmou. “Mas se mudarmos a caixa de areia a ponto de a caixa de areia se tornar irreconhecível, não quero brincar mais.”
Indagado como se sentiria por ser o diretor-executivo que tirou a Ferrari da Fórmula 1, Marchionne respondeu. “Muitíssimo bem, porque estarei trabalhando em uma estratégia alternativa para tentar substituí-la. Uma mais racional, também.”
A Ferrari é a única escuderia que está na F-1 desde a primeira temporada de 1950, e também é a mais bem-sucedida e glamorosa, ainda que não vença um campeonato desde 2008. A equipe acumulou um recorde de 228 provas vencidas, 16 campeonatos de construtores e 15 títulos de pilotos.
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